Pesquisa revela que, em quase uma década, proporção de MEI trabalhando em casa caiu de 53% para 36%, enquanto o trabalho na casa ou empresa do cliente cresceu
Nos últimos 12 anos, os microempreendedores individuais (MEI) passaram por mudanças no seu local de trabalho. Em 2012, 43% deles trabalhavam na sua própria residência, chegando a 53% em 2015. Em 2024, esse indicador caiu para 36%, de acordo com a segunda edição do Atlas dos Pequenos Negócios, que o Sebrae lançou no último dia 24.
Por outro lado, a opção “casa ou empresa do cliente” registrou alta, saindo de 12%, em 2015, para 18% em 2025. Operar em estabelecimento comercial manteve-se praticamente estável ao longo dos anos, com 27% dos profissionais em 2024.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a comparação histórica aponta que houve uma redução na participação dos MEI que trabalham em casa e uma manutenção na proporção daqueles que trabalham em um estabelecimento comercial, além de um aumento na proporção daqueles que trabalham na casa ou empresa do cliente.
“O MEI pode ser considerada a maior política de inclusão produtiva já implementada no país. O resultado é a vitória da inclusão, da geração de renda e do protagonismo desses milhões de homens e mulheres que não desistem nunca de seus sonhos”, diz Lima.
Perfil das MPE
No recorte das microempresas e empresas de pequeno porte (MPE), o estudo mostra que 76% delas operam em um estabelecimento comercial – tipo de localização mais comum dentro desse grupo – e 14% atuam em sua própria residência. Na comparação com os MEI, as MPE contam com uma maior variedade de locais onde podem funcionar.
O levantamento do Sebrae sinaliza ainda que, no período de 2017 a 2024, houve um recuo no volume de MPE que funcionam em casa – de 21% para 14% – e um aumento na proporção de empresas que funcionam em um estabelecimento comercial – de 75% para 76%.
Fonte: Sebrae