Contadores admitem falta de preparo para a reforma tributária, aponta pesquisa da IOB

Levantamento nacional revela que a maioria dos contadores está apenas começando a se preparar ou ainda precisa aprofundar o conhecimento sobre as novas regras

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Por Comunicação FENACON

A poucos meses do início da implementação da reforma tributária, a maioria dos profissionais da área contábil ainda não se considera preparada para as mudanças que impactarão diretamente sua rotina e a das empresas que atendem. É o que mostra a segunda edição da pesquisa “A opinião dos contadores brasileiros sobre a Reforma Tributária”, realizada pela consultoria IOB entre maio e julho de 2025.

Segundo o levantamento, 58% dos contadores entrevistados afirmam não estar prontos para a nova legislação tributária. Desse total, 41% disseram que estão em fase inicial de preparação, enquanto 17% reconhecem que precisam se aprofundar mais nos temas.

A pesquisa ouviu 347 profissionais de contabilidade de todas as regiões do país, revelando um cenário que exige atenção, especialmente diante das complexidades operacionais envolvidas na transição para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA dual) e outras alterações previstas na Lei Complementar nº 192/2024 e seus desdobramentos.

Desafio para empresas e profissionais

O resultado indica um descompasso entre a velocidade da reforma e a adaptação do setor contábil, responsável por interpretar, aplicar e orientar as empresas na nova estrutura tributária. Embora muitas entidades e consultorias estejam promovendo cursos e seminários, a necessidade de capacitação técnica continua alta.

A expectativa é que, com a regulamentação avançando no Congresso e a entrada em vigor de partes da reforma a partir de 2026, haja um movimento intenso de atualização profissional nos próximos meses.

Formação continuada é essencial

Especialistas do setor reforçam que a educação continuada será um dos principais pilares de adaptação para os contadores, que terão papel fundamental na implementação prática das mudanças nos negócios — desde ajustes nos sistemas fiscais até a revisão de estratégias tributárias e de precificação.

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