Em 2023, mais empreendedores estabelecidos no Brasil

Aumento no grupo de pessoas que mantém um negócio há mais de 3,5 anos indica melhora no ambiente econômico e social do país

Lassana Moda Africana, em Recife (PE). Foto: Gil Vicente/Fanzine/ASN

O crescimento da economia no país permitiu que mais brasileiros que abriram um negócio conseguissem manter as portas abertas por um período superior a 3,5 anos. De acordo com a nova edição da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2023, realizada pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), a taxa de empreendedores estabelecidos, como é denominado esse grupo, atingiu o maior patamar dos últimos quatro anos ao bater os 11,9%, uma diferença de 3,2 pontos percentuais se comparado com 2020.

Esse resultado indica que os donos de negócios em estágios iniciais conseguiram sobreviver e passar a uma condição de maior estabilidade e entre os fatores que podem explicar esse incremento estão a melhoria no ambiente de negócios, as quedas na inflação e na taxa de juros, o aumento do PIB e o pleno emprego.

O relatório da GEM ainda mostrou uma queda de 11,8 pontos percentuais no empreendedorismo por necessidade, se comparado com 2020, quando metade dos empreendedores abriam uma empresa por necessidade. Passando dos 50,4% em 2020 para 38,6% no ano passado.

A queda na porcentagem de empreendedorismo por necessidade influenciou diretamente na abertura de novos negócios do país. O relatório da pesquisa mostra que a taxa de empreendedores iniciais – aqueles que estão se preparando para ter um negócio ou que abriram a empresa em até 3,5 nos – caiu de 23,4, em 2020, para 18,6, em 2023. Esse resultado acabou reduzindo a taxa de empreendedorismo do país – que é composta por estabelecidos e inicias – de 31,6 para 30,1, quando analisado o mesmo período.

Outros dados da pesquisa sobre os empreendedores com 3,5 anos ou mais de atividade:

53% têm entre 35 e 54 anos;

39% têm o nível médio de escolaridade completo;

56% têm mais de três salários-mínimos de remuneração;

52% são pretos ou pardos.

Fonte: Agência Sebrae

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